Você já se perguntou o porquê dos psicanalistas ficarem em silêncio durante as sessões?
Em primeiro lugar, é importante dizer que o silêncio não é uma regra e nem sempre é a melhor estratégia, principalmente quando o paciente está muito angustiado e precisa de um espaço de acolhimento.
Nessas situações, uma conversa com perguntas e respostas, além de uma escuta atenta, pode fazer mais sentido.
No entanto, na psicanálise, o silêncio pode criar um espaço onde o paciente pode explorar livremente seus pensamentos e emoções, um processo conhecido como associação livre. Durante a associação livre, os pacientes são encorajados a expressar tudo o que vem à mente, sem censura ou julgamento, permitindo uma exploração profunda do inconsciente.
O silêncio do psicanalista ajuda a evitar influências ou direcionamentos que possam alterar o curso natural dos pensamentos do paciente. Além disso, o conceito de “atenção flutuante” é crucial. O psicanalista permanece em um estado de alerta receptivo, prestando atenção aos padrões, temas e emoções que emergem durante a sessão.
Portanto, o silêncio pode ser uma ferramenta valiosa na psicanálise, permitindo que o paciente acesse e explore aspectos profundos de sua psiquê, facilitando um entendimento mais profundo de seus pensamentos e sentimentos.